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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Os Arquivos do Passado


Há confusão na floresta.
Floresta do bicho homem.
Um rastro,
Rastro de sangue,
Foi encontrado.
Não há água que lave
a mancha da grama.
Borracha que apague
a lembrança.
O burburinho começa,
Como sempre há de começar.
O povo espera.
Aguarda.
Dias.
Meses.
Anos.
O rastro hoje, já é velho.
Novidade mais não é.
Não se comenta o assunto.
A resposta traz o medo.
Medo pela própria pele.
Lembranças dos pecados
(do passado).
Mas o povo ainda espera.
E quanto mais o tempo passa,
Mais o rastro brilha,
Luminoso,
A certeza que um dia,
O nosso passado será, verdadeiramente,
nosso.

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